quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Deixando para trás, mais uma vez...


Hoje não sei bem o que escrever, ou como escrever.

Sabe quando a gente tem uma grande sensação de que estamos deixando para trás, que estamos prestes ao último suspiro?
Não, não; não falo da minha morte - tomara Deus que ela esteja bem longe, que eu ainda tenha de percorrer muito caminho antes que ela me apareça pra me levar ao desconhecido...
Enfim...

A sensação existe...Mas, ao contrário do que parece, não me dói.

Ultimamente,de uma forma meio louca, tenho me sentido feliz. Estou me reapaixonando por um mundo que eu, até então, tenho fugido, tenho me esquivado, tenho evitado me envolver demais. Estava preocupada com outras esferas do meu mundo: outros lugares, pessoas, outras necessidades... Agora, tenho um caminho a seguir, tenho uma espécie de projeto temporário para daqui pra frente; preciso me manter de cabeça erguida para poder seguir, não posso vacilar mais.
E assim, acabei por celebrar um dia que tantos desprezam: o dia da volta às aulas.
Como se eu fosse uma caloura, mais uma vez.

Entretanto, acima de toda essa felicidade tresloucada, percebo que tem um aspecto da minha vida que tem se modificado, sei lá, ficado frio, indiferente. Não sei explicar. Sabe quando a impressão começa a crescer de uma forma que não se dá para ignorar, deixar passar com toda a facilidade? Então... A impressão me dá sinais nítidos de que eu, em breve, devo estar pronta para encerrar mais um capítulo da minha história - enfim, despojar-me dos meus sentimentos, por maiores e mais verdadeiros que sejam.
Não vou negar que isso me magoe. Deixar algo sempre foi algo capaz de destruir o meu coração.
Mas, porém, contudo, todavia...

...

...

... Em certos casos, ou eu aprendo a deixar ir, ou eu vou me aprisionar num redemoinho que em nada me ajudará futuramente.

Eu estou pronta.
E que Deus me ajude, como sempre anda me ajudando...

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