quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um mergulho no meu passado mais-que-perfeito.

Ontem, quase não postava aqui, né?
Estava em um dia tão de paz, tão tranquilo, apesar de ter sido o dia de aula em todos os turnos, de uns pousos em aulas que eu não andava muito atenta (fazer o q, né? Nunca fui perfeita!) e ainda estar com a minhas preocupações - sobrinha, emocional ainda em desalinho... Mas foi um dia em que, de certa forma, estava mais feliz do que o normal.
Quando cheguei em casa, para minha grata surpresa, dona Verônica (minha ferinha ruiva, bem entendido) estava acordada e estava justamente me esperando. A santa tinha acabado de chegar (considerem que cheguei a meia-noite!) e fizemos a oração de recepção. Nos emocionamos muito, e uma das coisas que pedi foi isso:


"Me dá serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, força para mudar o que pode ser mudado, e discernimento para saber o que se pode ou
não mudar."

Depois da oração, mãinha me chama pra ver os discos que ela comprou. Um mói de Roberto Carlos, alguns que ela tinha gravado e que comprou original ( pois é... Americanas com discos baratinhos, fikdik!), e acabou vazando um certo disco que ela me comprou.
Pode parecer a maior bobagem do mundo, mas olha isso:

Mais informações, clica aqui, que hoje não tou pra informes técnicos.

Pois é...
Dos discos que eu tive da Xuxa, quase uma coleção (me faltava o karaokê, o 5, o 7 e os últimos discos, exceto "Sexto Sentido", que já não eram mais o "Xou" mesmo, era a parte mais juvenil e mais chata dela mesmo...), esse era o meu favorito, ao lado do 6. Mas esse era mais. Lmebro vagamente de quando o ganhei, e de como o adorava.
1989... 3 aninhos, esse ser que vos digita tinha na época.
Não sei se minha ferinha ruiva sabia desse detalhe, do meu favoritismo (quando cresci, doei todos os meus vinis, só fiquei com o "Sexto Sentido", pois a minha prima mais nova na ocasião já o tinha - ela herdou todos os discos e (como a minha prima Duda tinha o 5 e o 7, que me faltavam) ganhou praticamente toda a coleção cantada, que nem sei mais qual foi o destino...). O que fez ela comprar o disco foi o fato que eu me emocionava com uma das músicas deste disco, e chorava toda vez que a ouvia.
A música, "Estrelinha", eu nem lembrava direito. Mas claro que - de uma forma estranha, ela estava certa.
Como não achei uma versão decente no Youtube, vai essa mesmo:



Entretanto, neste mesmo disco há músicas também muito bonitas:

"Bobeou Dançou" - quem é da minha faixa etária bem sabe que foi a música tema do programa dominical dela, que foi até o começo da década de 90, uma das atrações de domingos mais animados do que o arrastão atual.

Como exemplo a abertura (que não é cantada por ela, na primeira versão).



Outras: "Dinda ou dindinha", " Remelexuxa" e "Tindolele", que se tornaram clássicos nas manhãs de "Xou".

Mas, contudo, entretanto, todavia; entre todas estas, uma música, que até hoje me emociona, que até hoje faz esta chorona derramar mais lágrimas do que o usual, que traz uma das mensagens mais belas que a então "Rainha" colocava em suas músicas (ah, os velhos tempos, meus Deus!). Não sei se a velha se ligou neste detalhe, ou se ela sabe, mas foi um dos motivos para que a compra deste CD fosse acertadíssima.
Preciso dizer mais? Vejam:



Pois é...
Acreditam que, enquanto posto, enquanto eu ouço, estou chorando?

='}

Voltei ao tempo, em plena uma hora da manhã. Um tempo em que eu era a menina-solitária-sem amigos-tímida-vítima de bullying, mas feliz por estar vivendo à minha maneira. Com minhas Barbies e Ding-Dons, com a minha paixão por criar historinhas, com a minha paixão por ler e, logo depois, por escrever aflorando, com as minhas aventurinhas nas férias na casa de Dona Naete, com a inclinação a ensinar começando a aparecer nas minha brincadeiras de "escolinha" e o quadro-negro como elemento essencial do meu quarto encantado... Sim, eu tive o passado mais-que-perfeito, com todos os seus acertos e erros.
Hoje, me dou conta de que fui feliz quando criança. Como não poderia ter sido? Aprendi muita coisa, que hoje levo para a frente. Coisas que quero que, um dia, meus filhos também possam absorver, para que se tornem grandes pessoas - mais ainda do que eu.

E apenas isso, um CD, para me lembrar disso!

Sei que não tenho a vida fácil, mas tenho a vida. Esse milagre que se eterniza a cada dia. O milagre que vejo nas crianças de hoje, em especial nas minhas sobrinhas e nos meus primos. A esperança de que todos os dias são milagres, de que todos os dias são felizes. E que, se não o foi, amanhã será muito melhor. E por coisas que para as "pessoas grandes", como diria o Antoine de Saint-Exupéry, não vêem mais tanto valor, mas que pra esses pequenos seres, valem a pena.

...

Pois é... Acima de tudo, de todos, é essa esperança, por mais muída que seja, está voltando ao meu coração. Esperança que depositei ontem à minha Nossa Senhora. Esperança que, aos trancos e barrancos, ainda vive em mim.
Essa esperança de criança, neste milagre da vida, que nunca me abandonará!

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