quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pra falar de amor... =)

"- Eu li uma coisa interessante agora num blog de uma conhecida: "Eu aprendi que os amores são eternos. Os relacionamentos, não". Tá me coçando a mão para escrever...

(risos)

- Eu aprendi que amor verdadeiro suporta as maiores distâncias, os maiores temores, mas não resiste a menor ausência.

(risos)

- Verdade...Você pode estar distante, e isso já é bem difícil. Você pode ter medo, e o medo já é fodástico. Mas... Se vc não está por perto, mesmo distante, mesmo com medo...Como pode segurar o amor?

- Com a presença, mesmo que essa não seja pessoal. Porque a distância é algo inevitável, mas a ausência é algo premeditado.

- Verdade..."


(Conversa minha (partes em violeta) com Vanessa (partes em vermelho), às 10 da manhã de hoje.)

Hoje, dei pra pensar no amor.

QUE NOVIDADE! Hahahahaha...

Nunca paro de pensar, de citar, de idealizar, de procurar o amor. Tá nas minhas veias, em meus nervos, tá em cada pedacinho de mim. Tá em cada pessoa que passa na minha vida, que deixa um detalhe de si, e leva um detalhe meu consigo. Tá em cada formato, em cada matriz, em cada nuance. Porque eu nunca amo da mesma forma. A única e total certeza é que eu amo para sempre.
Isso explica o fato de ainda amar pessoas que há muito já não estão na minha vida. Ou que se afastaram com o tempo, com as divergências e os obstáculos. Mas que ainda persisto em amar, em querer bem. Mesmo com a necessidade de seguir em frente, de abstrair cada sentimento em prol da eficiente sistematização do processo capitalista emocional - seletivo, hierárquico, fechado, homogêneo.
Sou uma socialista emocional. Amo livremente, abertamente, completamente. E esse amor, acima de tudo, não morre.

 "E eu desejo amar a todos que eu cruzar pelo meu caminho..." (Guilherme Arantes, "Brincar de Viver")



Tenho tantas histórias a contar... Tantas emoções em vida...
Sim, eu amo. Desde o meu primeiro amor, dos tempos do ensino médio, naquela loucurada de bilhetes em sala de aula, risadas, brincadeiras, religião e platonismo acima de tudo; passando pelo primeiro namorado, das descobertas e cumplicidade que duraram mais tempo do que muitos casos por aí, pelo amor distante que durante meses, permeou a minha vida de todo o pacote de sentimentos que julgava não mais sentir tendo em vista a minha "maturidade", pela minha família (um amor construído em todos os anos de vida), pelos meus amigos (joias raras que atravessam meu caminho nas horas mais inesperadas, e que se tornam essenciais em minha vida). Todos esses amores ocupam espaço no meu coração sobrecarregado. E alguns desses, de tão intensos, não se conformaram em se apertar no "GOL"(Grande Ônibus Lotado) localizado em meu peito, se jogando na minha alma, criando moradia por lá, sem pagar aluguel mas fazendo reformas maravilhosas por lá, tornando esse espacinho um lugar melhor de se viver.

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente." (Clarisse Lispector)

Eu lidei com o amor, nos últimos tempos, com uma intensidade maior do que antes. Entendi que amar não é algo que a gente opta: nos é dado, de surpresa e sem condições de recusa. É um tocar de personas, um encontro de seres. Você não ama alguém por ele ser só bom, você o ama acima de tudo o que há de ruim e dane-se o resto do mundo. Você não ama uma pessoa que está sempre sentado ao seu lado (até porque, se você achar uma pessoa assim, tenha medo, muito medo! kkk), mas aquela que, onde quer que esteja, um dia vai parar e bater um papo que te faça rir e acalmar aquelas dores criadas pelos espinhos do cotidiano. Mesmo que esta esteja a trocentos quilômetros de distância. Mesmo que seja o seu vizinho curioso, mas prestativo e que você sabe que não vive sem as insanidades dele.
Por mais que eu tenha falado, um dia, que o amor é como uma planta, também devo ressaltar que essa semente é uma dádiva. Como se ela viesse com o vento. Não se cria sementes ao acaso, não de forma natural - quem diz que o artificial é melhor, nunca deve ter provado do gosto originalíssimo! 
Aprendi que, apesar dos relacionamentos não durarem para sempre, as pessoas não serem as mesmas e nem sempre quererem as mesmas coisas ao mesmo tempo, o amor que a gente tem, é eterno. Quando se dá o amor sincero, não se pode fazê-lo sumir assim, como se fosse normal. Não é; ou se é, então talvez eu não seja normal (fato: hoje eu decididamente NÃO estou dizendo novidade alguma, acabei de comprovar!). A verdade é que, quando se há amor, e falo de amor de verdade, ele não morre. Como dizem por aí, ele "apenas adormece nos braços da esperança".

"She knows (she knows)
There'll always be a special place in my heart for her
She knows, she knows, she knows
Yeah, she knows (she knows)
No matter how far apart we are
She knows, I'm always right there beside her..."

(Phil Collins -"Two Hearts")

E quando a pessoa some, por si mesma, e não te dá sinal de vida? Quanto dói o sentimento de ausência, de amor desperdiçado, de desalento jogado ao vento? Eu já senti (e ainda sinto) a ausência, já me fiz (e ainda me faço) ausente. E posso te garantir que, em mim, os dois lados são igualmente cruéis. Nesse caso, põe-se o amor numa bagagem, coloca num álbum de lembranças, e toca a vida. Nem sempre somos merecedores do amor, dando ou recebendo. Nem todos os amores são compatíveis, mas certamente todos são reais - não existe amor abstrato. Sentimento é nominalmente abstrato, mas quando bate na gente, é tão concreto como a coisa mais concreta na Terra.

"Quando o amor tem mais perigo, não é quando ele se arrisca, nem é quando ele se ausenta, nem quando eu me desespero. Quando o amor tem mais perigo é quando ele é sincero" (Maria Bethânia - "Amor amor")

Não sei como deixar de amar - se é que dá pra se deixar. Meus amores são para sempre, eu sei que, de alguma forma, iremos nos encontrar. E falar de amor.
Não quero dizer beijar, abraçar, etc. Amor tem muito mais do que isso, tem a amizade, o respeito... Só amor é um conceito muito vago, o amor é como um vírus que apenas incapacita a proteção dos anticorpos, dando espaço para outros sentimentos "infectarem" o seu sistema. Amor é o nome técnico, mas não se vive só de amor. Ele é a porta, não a casa toda.

=}
(as incoerências dominam esta filósofa de botequim que muito fala...hahahahaha)
Esperando, sinceramente, ter sido entendida. ^.^

Mas, em resumo: Eu amo pra sempre, e ponto final. É porque eu sempre gasto muito papel para explicar o óbvio, lalala.





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