Ah, os anos 1980 e 1990 com suas taras por seres extraterrestres de outro planeta...
Época boa em que a gente podia ver autópsias com alta possibilidade de ser fake news aparecendo no Fantástico...
Bom, mas eu que não vou ficar dando corda pro tema, porque isso aqui é introdução e não o ponto do texto. Eu fiz estas introduções, porque, no meio de tanta coisa rolando na época, não seria surpreendente que a Série Vaga-lume não adentrasse na temática que mais tragou fãs na minha infância, antes de vampiros purpurinas e bruxos fazendo futebol de vassouras e... Ah, xá pra lá.
A gente tá falando de ET's, então vamos falar de um menino de "outro mundo": O Jonas!
A gente tá falando de ET's, então vamos falar de um menino de "outro mundo": O Jonas!
Bom, mas a obra não fala muito sobre e.t's no sentido de aventuras extraodinárias, a história é mais comum e interessante do que se imagina.
Até porque Jonas aparece, do nada, em um dia em que os jovens Geninho, Ana Paula, Claúdia, Rafa, Rubão e Maurício estão conversando na praça, exatamente no dia imediato à noite em que o primeiro testemunha uma aparição de um objeto não-identificado.
Até porque Jonas aparece, do nada, em um dia em que os jovens Geninho, Ana Paula, Claúdia, Rafa, Rubão e Maurício estão conversando na praça, exatamente no dia imediato à noite em que o primeiro testemunha uma aparição de um objeto não-identificado.
"Colado ao corpo do pai, Geninho levantou a vista até o ponto onde o objeto flutuava. O coração batia como um tambor e o corpo tremia de cima a baixo. A curiosidade, porém, venceu. Jamais havia visto algo semelhante.
A parte inferior do objeto tinha a forma de uma bacia reluzente; e, em volta, luzes coloridas vermelhas, alaranjadas e amarelas, piscavam sem parar.
— Pai, isso aí... Isso aí parece...
— Não diga nada, Geninho."
(p.9)
A aparição de Jonas é repentina e misteriosa não só por isso, mas também por ser um menino que não se lembra de nada da sua vida. Nada, nem mesmo seu próprio nome - Jonas é o nome que Ana Paula lhe dá, ao longo da história.
"E assim prosseguiu a convivência. Na verdade, era uma convivência estranha, com Jonas, já que
ninguém sabia de onde ele vinha ou onde morava. Entretanto, apesar do tipo de vida que levava e das circunstâncias incomuns que cercavam sua pessoa, seus modos evidenciavam uma forma de relacionar-se diferente dos menores abandonados que pediam esmolas pela cidade.
Ana Paula e Geninho negavam-se a aceitar que Jonas tivesse algum problema mental, como teimavam Cláudia e Maurício. No entanto, havia
algo de esquisito, não podiam negar. Ninguém esquece o passado, o que fez, onde esteve no dia anterior, sem mais nem menos." (p.22)
"Entrou e, ao passar pela sala intermediária, ouviu Rubão cochichar:
— A Ana Paula vem vindo pra cá! Aproveite!
Desconfiada, a garota apressou os passos e, ao atingir a cozinha, ouviu a corrida e os latidos do cão no corredor lateral da casa.
— Maurício! Rubão! O que estão fazendo?
— O Fox fugiu! — gritou Rafa, aparecendo à porta do quintal.
Ana Paula voltou correndo para a frente da casa, a tempo de ver o cão perseguindo Jonas pela rua.
— Não! Não! Sai! — gritava o jovem, apavorado.
Encostados à mureta da rua, Maurício e Rubão deliciavam-se com a cena. Ana Paula ficou furiosa:
— Chame o Fox, Maurício! Ele vai pegar o Jonas!
Aconteceu conforme a previsão. Em pouco, o cão alcançava o fugitivo, metendo-lhe uma dentada na barriga da perna."
(p. 24-25)
Mas esse problema é o menor de todos o que o menino misterioso sofre nas mãos do povo. O ódio de Maurício e a desconfiança de Isaura - uma empregada amante da bebida que jurava ver o Jonas durante a noite, levam a uma onda de rejeição na cidade. É o apoio de Ana Paula, Geninho, Rafa e Padre Olavo que darão apoio ao Jonas, enquanto ele procura se lembrar da sua vida e misteriosos acontecimentos espaciais aparecem na cidade...
O que é massa nesta história? O Galdino usou um tema recorrente da ficção em voga juvenil (ET's) para trabalhar com coisas que, no futuro, a gente conheceria como bullying, preconceito e xenofobia. Não somente com Jonas: com Geninho, o mais pobre do grupo e o mais próximo das meninas; com a Isaura, desacreditada pelas pessoas por ser "ligada em uma bebidinha" ... Mas, o momento mais impactante é quando acusam do Jonas de um crime, o de vandalismo, e como isso é colocado, botando o garoto como suspeito sem prova alguma, apenar baseado no fato dele ter sido afastado da escola.
O que é massa nesta história? O Galdino usou um tema recorrente da ficção em voga juvenil (ET's) para trabalhar com coisas que, no futuro, a gente conheceria como bullying, preconceito e xenofobia. Não somente com Jonas: com Geninho, o mais pobre do grupo e o mais próximo das meninas; com a Isaura, desacreditada pelas pessoas por ser "ligada em uma bebidinha" ... Mas, o momento mais impactante é quando acusam do Jonas de um crime, o de vandalismo, e como isso é colocado, botando o garoto como suspeito sem prova alguma, apenar baseado no fato dele ter sido afastado da escola.
Para além da pergunta "Jonas é ou não é?", o autor cria situações em que qualquer criança de rua sofreria na vida real: a desconfiança e a incredulidade. Vale a leitura em tempos sombrios como esse, onde tá cada vez mais evidente ver este povo da história...
Tem como ler agora? Sim, e estamos de volta com o formato Vaga-lume! (A imagem, inclusive, veio de lá)
Só ler aqui e pronto! Bon voyage!
Sim, hoje eu me empolguei nos gifs! Ficando viciada nisso, kkkkkkkkkkk
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