Pessoas são imprevisíveis. São seres que dependem do meio,
do humor, do momento. E falo isso pelo conhecimento que tenho.
Não adianta acreditarmos que os laços que as unem são eternos,
porque não o são. Serão, no máximo, fortes até o último suspiro.
Não se pode crer que ninguém vai nos deixar, nos abandonar,
nos fazer infelizes. Seres humanos – incluindo eu – são egoístas, até certo
ponto. É justo ficar criticando? Talvez. Quando se ferem pessoas inocentes (no
sentido real ou figurado) no processo, deve-se pensar. É quando tudo se torna
mais complicado.
Ao mesmo tempo, a anulação em nome de outra pessoa é
perigosa. Nortearmo-nos pelo que o outro pensa e pelas intenções ocultas em
determinadas ações, perdoando-as por tal feito, pode ser uma péssima escolha.
E aí: ser egoísta ou generoso? Uma das perguntas que me confundem,
a cada dor lançada contra mim.
Eu não sei.
Talvez porque eu mantenha meu peculiar egoísmo e
generosidade, de mandar tudo para o inferno e manter quem eu amo vivo em minha
mente. Não machuco a ninguém e não significa que vou morrer por esta pessoa.
Apenas a desejo bem.
Me basta.
Aos amores que se mantém, eu me esforço para seguir em
frente. Cultivo, busco, me esforço. Não sei se merecem tanto – mas faço por meu
equilíbrio e bem-estar. Preciso me sentir viva, à minha forma.
Porque, se as pessoas são imprevisíveis, eu também o sou. E,
se elas podem ter egoísmo, por que não posso ter um tantinho do meu?
Desde que eu não faça mal à ninguém com minhas escolhas e
ações, tudo é válido.
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