terça-feira, 13 de novembro de 2018

MINHA SÉRIE VAGALUME (1) - DOZE HORAS DE TERROR (Marcos Rey, 1993)


Bom, gente, a ideia é recomeçar aqui. E este recomeço eu vou colocar a inspiração neste texto publicado pela Revista Bula para apresentar o que (por algum tempo) será a chance de voltar ao passado e relembrar as boas histórias que vi nesta série ao longo dos anos.

Pra quem nunca ouviu falar, a série surgiu na década de 1970, pela Editora Ática, e foi o principal veículo da literatura infanto-juvenil ao longo de quase quatro décadas. Foi através dele que o autor Marcos Rey se tornou popular, assim como Lúcia Machado de Almeida, Luiz Puntel e Marçal Aquino... (se você lembrou de algum destes nomes, é sinal de que, em algum momento da vida, teve contato com a série).

Minha ideia aqui não vai ser listar, mas apresentar grande parte dos livros que marcaram minha infância e adolescência. Então, não esperem colocações ou alguma possibilidade de ordem (alfabética, ano de publicação... Nada disso). A ideia vai ser conforme meu anseio e vontade.

Então, vamos começar?
Vamos, então, brincar com Marcos Rey e um livro que, por sua ideia, vai soar familiar a fãs de séries americanas...

Capa original da 1ª ed. do livro na série. (1993)

Doze horas de terror vêm com uma premissa singular, que os mais jovens vão associar à série "24 horas": a história em tempo real e a estrutura era que cada capítulo durasse um período de tempo. No caso do livro, cada capítulo podia durar entre 15 minutos a uma hora, não mais que isso.

A história fala sobre a noite (12 horas) de dois jovens (Júlio e Ruth), numa trama repleta de ação. Ele, um jovem chegado do interior, encontra, ao voltar pra casa depois do trabalho,  tudo revirado e recebe uma ligação de uma pessoa misteriosa que ordena que ele saia do local. Ela - Ruth - vive um relacionamento com Miguel, irmão do protagonista. É quando este - que morava com o irmão, mas mal convivia com ele - descobre que, na verdade, existe um mundo de drogas e violência. O mundo milionário do tráfico. O mundo vivido por Miguel.
Durante a perseguição, muita gente aparece na história. Uns ajudam o casal, outros querem destrui-los. Julio e Ruth precisam cumprir uma missão, além de lutarem pela sobrevivência até o amanhecer.

O que é massa nesta história? Marcos Rey sempre foi meu favorito da turma de autores do Vaga-lume (e a coleção era "bem panelinha" até a década de 1990). A história junta ação, romance, emoções, apresenta o submundo de uma cidade grande e como uma pessoa pode mudar sua percepção de mundo em pouco tempo.
A impressão que dá é de um relacionamento atípico dos filmes de ação da época: Júlio é o menino da história, inofensivo e inocente, que se mostra forte e corajoso; Ruth, com a agilidade e o conhecimento da "menina de rua" que foi durante a infância, durona mas, no fundo, carente de amor.
A situação de equilíbrio entre os personagens traz a empatia natural do leitor pelos personagens (algo bastante comum relacionado aos livros de Rey).

Fica a dica! Os livros do Marcos Rey, atualmente, pertencem à Ed. Global - que não tiveram tanto cuidado em manter a atmosfera sombria nas imagens (característica essencial da série, vale registrar). Então, sugiro que procure um sebo e pegue uma versão tipicamente "vagalumista"!

Tem como ler agora? YES, NÓS TEMOS PDF! Dá uma baixada por aqui!

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Será que você também aguenta esse aqui?

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