[1]
Acabei de acordar. Redescobri um frasco de florais de Bach que um dia me receitaram. Estou voltando a usar, espero apenas que acalme o meu espírito por estes tempos.
Sobrinhas em casa desde ontem. A menor está sempre comigo, me abraça, me sorri.
Por vezes eu penso se não seria melhor desistir do que penso... Porém, viver sem esperança será destruir aos bocadinhos a mim e a quem me ama.
Sim! Lavando roupas e sapatos. Arrumando o quarto. Outra metade será deixar tudo em ordem.
Ou retirar de mim esta aura desmazelada. Quero voltar aos tempos que me sentia plena.
Pelo menos por enquanto.
[2]
Soluções não vem com soluços.
Mas soluços levam à solidão.
Facebook desativado. Três dias. O primeiro, foi abrindo o aplicativo e lembrando no último momento. Bem, um dia a menos dessa rede social.
Dois livros lidos pelo celular. Tentarei ler mais alguns ao longo da semana. Pelo menos, assim o tempo passa depressa.
Estou farta do convívio social. E, ao mesmo tempo, queria rever aquele a quem entreguei meu coração.
Mas, do que adianta?
Cansada de correr atrás. Sei que corro o risco de perder, mas estou cansada. Por vezes, sinto falta de alguns aspectos da minha antiga vida.
Embora sentir falta me leve à saudade dele, dos planos em suspenso, do que compartilhamos (além de tudo já vivido), e saber que meu hoje é melhor do que meu ontem.
Mas viver assim, em suspensão de tudo, dói.
Outra perspectiva desesperançosa...
Vou sair. Maquiagem no rosto, barulhos familiares. Tenho que fingir, ainda que o estômago não esteja forte para tanto. Convivência familiar, a hipocrisia em larga escala... Botar umas gotas de florais para suportar isso.
O que me lembra... Que remédio tomar para suportar a minha existência inútil?
Vai ficar sem resposta por um tempo.
Um blog vazio serve como desabafo, a companhia indiferente da minha contagem.
Eu ainda estou tentando, juro.
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