Eis que ela entra no seu quarto.
Penetra em seu santuário.
E, de repente, olha para algumas fotos espalhadas pelo aposento.
Sim, era o passado.
Um passado que acabara de completar aniversário, hoje.
Cinco anos, exatamente.
Olhou-o.
Olhou-o, pouquíssimos segundos depois de confiar ao seu melhor amigo que estava temendo se apaixonar de novo. Mas, a verdade é que ela está, decididamente mexida por outra pessoa.
Outro homem. Outra história.
Neste mesmo dia, ela passou a tarde ouvindo uma música que a inspirou em saudades.
Pois havia uma semana que ela havia se envolvido.
E estava com saudade. Dessas saudades que poderiam levá-la a pegar um avião e cair nos braços do ser que a dera tanto em pouco tempo.
Ela sabe: não há promessas. Não há futuro possível.
Porém, como não sonhar? Ansiar?
Enfim.
Esta música era a mesma que usara para este passado.
Mas, agora, havia uma cor tão mais luminosa.
Uma memória mais vívida.
Mais poderosa, mais real.
Eclipsando o que não tivera a mesmo ângulo.
O passado encontrou uma menina.
O hoje tem uma mulher.
Que talvez tenha um pouco de menina...
Enfim.
Com a música nos ouvidos, repetindo incessantemente,
Ela olhou as fotos.
E sentiu um desejo.
Retirou as fotos espalhadas do seu campo de visão.
Colocou-as em uma gaveta.
O mural ficou com um espaço.
E ela quis que, naquele momento, uma foto com o novo cobrisse aquela.
Porque, uma coisa era certa.
Mesmo que em nada dê o agora,
O passado achou seu lugar.
Como as estrelas, distante da mulher.
Quem sabe será o adeus?
Os dias darão a resposta definitiva.
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