domingo, 8 de maio de 2011

Aos amigos, a verdade deles e a minha verdade... Em uma música.

Amiga, perdoa se eu me meto em sua vida
Mas sinto que você vive esquecida
De se lembrar que tudo terminou
Amiga, o pano se fechou no fim do ato
Você não aceitou da vida o fato
Que desse caso nada mais restou

Aquele por quem você se desespera e chama
Por quem você procura em sua cama
Na realidade a muito te esqueceu

Esqueça, refaça a sua vida urgentemente
Que o tempo passa e um dia de repente
A gente chora o tempo que perdeu

Não é fácil; quantas vezes eu já ouvi este conselho? Quantas vezes, eu me julguei errada, maculada, infeliz, porque sei que as palavras acima são verdadeiras? Eu tento, todos os dias. Meus amigos são minhas anestesias. Minhas lágrimas, meus sinais de fracasso. Meu riso, um acidente bem-vindo.
Se estou com alguém, é por manifestação de solidão que preciso apagar.
Ou por inércia.

Eu tenho tentado. Pergunto sempre a vocês o passo seguinte que devo dar. Se estou agindo certo, ou errado, se faço tal coisa. Mas, muitas vezes, meto a cara à tapa. E sofro, se erro. E choro, se sinto mais do que o necessário. Eu tou tentando seguir, após o fim do ato. A peça acabou, e é preparar o palco para novas encenações. E quem sabe um dia, qualquer dia, chegue uma trupe, um tema, que se case exatamente com esse teatro, com esse espaço, e queira se tornar fixo por aqui?
É um sonho, que - por enquanto - eu não consigo acalentar.

Amigo, eu te agradeço por sofrer comigo
Mas tento me livrar e não consigo
De tudo que esse cara foi pra mim

Às vezes, eu penso tanto nele que me esqueço
Que qualquer dia desses enlouqueço
Por insistir num sonho que passou

Se acaso eu jogo a minha juventude à toa
Nas águas desse pranto, me perdoa
E peço o teu conselho sem te ouvir

Mas ele é tudo que mais quero e que preciso
É o ar que eu necessito e não consigo
Me sufocando se ele não está

Sufocar. Sangrar. Doer. Por vezes, cansar. Até mesmo matar. 
Mas, eu sei, um dia deve passar.

E passa. Quando mergulho fundo no trabalho, e nos textos da faculdade. Quando olho nos rostos das minhas meninas. Quando ouço minhas músicas (as minhas, as que tem anos e anos de estrada comigo). Quando me preocupo com a gradativa fraqueza da minha avó, que sempre foi a minha melhor amiga. Quando me vejo inquieta com os meus amigos. Quando preciso pensar em finanças para poder viajar em julho sem depender de papai e mamãe (principalmente de mãinha), e para poder começar a pagar os meus planos deste ano. Passa, que nem consigo imergir. Uma anestesia.
Mas, quando a dor vem, é gradativa... Eu já fui anestesiada, passei uma noite inteira sem conseguir sentir o meu corpo. A dor veio, a princípio mínima, depois como se deve ser. Forte. Real. Às vezes, desagradável demais.
Assim me sinto.
Não sei se sou boa ouvinte de conselhos, mas ainda escuto. Porém, nunca cumpro. Mas tento...
Mas, aprendi a amar da forma mais complicada. O amor imenso e longo...

É... Apesar de tudo, Deus me deu amigos pacientes.

Amiga, se quer desabafar conte comigo
Mas se você chorar choro contigo
Amigo é pra essas coisas, estou aqui


Tal qual o dessa música.
(Amiga - Roberto Carlos e Maria Bethânia)

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