Talvez daí que venha a minha paixão parnasiana...
Um dia eu tinha que publicá-la, né?
Rsrsrsrsrs...
Desde já, uma noite plena, a tod@s!
Penetrália
(Olavo Bilac)
Falei tanto de amor!... de galanteio,
Vaidade e brinco, passatempo e graça,
Ou desejo fugaz, que brilha e passa
No relâmpago breve com que veio...
O verdadeiro amor, honra e desgraça,
Gozo ou suplício, no íntimo fechei-o:
Nunca o entreguei ao público recreio,
Nunca o expus indiscreto ao sol da praça.
Não proclamei os nomes, que baixinho,
Rezava... E ainda hoje, tímido, mergulho
Em funda sombra o meu melhor carinho.
Quando amo, amo e deliro sem barulho;
E quando sofro, calo-me, e definho
Na ventura infeliz do meu orgulho.
Fonte: www.jornaldepoesia.jor.br
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