Entendo a solidão como uma estrada,
que ninguém quer seguir.
Mas nem sempre dá para se fugir,
nem sempre há atalhos para contornar,
nem sempre há cabeça para se pensar...
É nessa estrada onde a gente segue a caminhada.
Tem gente que passa por ela correndo,
e que termina por se esborrachar no chão;
tem gente que vai segurando a ilusão
de que nada há de bom nesse caminho;
tem gente que até curte estar sozinho,
e vai devagar para não perder nenhum momento.
E tem gente como eu, que é mutante:
ora corre, ora se segura, ora se abre...
E, no caminho, um monte de coisas me invade
(um tal de sentimentos que não tem mais fim),
que revela e embola o melhor e o pior de mim
e me qubranta a alma errante...
Sim, eu entendo a solidão como uma estrada,
da qual ninguém pode dela escapar.
Sim, eu mesma já tive que a enfrentar
por tantas vezes que nem conto mais;
e, a cada vez, percebo que posso ser capaz
de (tentar) continuar o resto da minha caminhada...
Pois a solidão também ensina à quem a quer ouvir.
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